Ameaçado de Extinção.

Todas as espécies em risco de extinção, seja animal ou vegetal, são aquelas prestes a desaparecerem num futuro próximo. Um número considerável grande de espécies animais e/ou vegetais já se extinguiram há tempos (últimos milhões de anos) por alguma razão. De acordo com algumas pesquisas, as mudanças climáticas, a incapacidade de adaptação à novas condições de seus habitats e as consideradas causas naturais enquadram-se nessas razões.

Atribuem ao próprio homem como sendo o ator principal causador desse desiquilíbrio que, na tentativa de explorar os recursos naturais o faz de maneira desordenada, tendo resultante, a modificação das condições climáticas e em cadeia, esse procedimento acaba afetando a biodiversidade o que contribui enormemente com o processo de extinção de espécies provocando a destruição de seus habitats.

Um outro fator que não deve ser desconsiderado é a introdução de espécies (exóticas ou não) vindo de outros locais (países e regiões). Tais atitudes somam-se às outras razões que podem promover o maior declínio de espécies jamais percebidas na história da humanidade.

A extinção de qualquer espécie se traduz num grande impacto para a biodiversidade. Segundo algumas pesquisas revelam que, a biodiversidade está sendo afetada de modo galopante e, se não houver uma contenção, entraremos rapidamente para um ritmo mil vezes maior de destruição e de extinção de espécies existentes nessa biodiversidade, do que se ela acontecesse de forma natural.

Á guisa de informação, salientamos que, através de uma metodologia própria desenvolvida pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) permite-se avaliar o estado de conservação de espécies em nível global e vários países utilizam-se desse recurso para tomada de decisões preventivas de preservação. Essa metodologia contém atributos que estabelecem as categorias e critérios para se definir o nível de risco de extinção das espécies e periodicamente a comunidade científica ligada à Comissão de Sobrevivência de Espécies reúne-se para levantar discussões revisar tais critérios. (maiores informações no link).

Além desse preâmbulo, nossa intenção é comentar que nos deparamos com a notícia de 10/06/2022 relatando que o Ministério do Meio Ambiente atualizou a lista elaborada em 2014 dos animais em extinção e inclui o peixe “pintado” e o classifica na categoria “vulnerável”. Peixe encontrado nos rios do Mato Grosso do Sul, cujo nome científico é Pseudoplatystoma Corruscans, é muito apreciado pela culinária e por pescadores esportivos, e aparece pela primeira vez na relação do Ministério do Meio Ambiente, encontra-se em 448º na lista de animais em extinção no Brasil.

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL, através de seu gestor Jaime Verruck (Secretário do Meio Ambiente), afirma que já questionou o Ministério do Meio Ambiente sobre a inclusão do pintado nessa lista. Verruck afirmou que, “Identificamos que o pintado não é uma espécie em extinção nos rios do Estado e por isso, encaminhamos já um ofício ao Ministério para que nos envie os dados científicos mais conclusivos em relação a isso e que justifique o porquê da determinação”.

Em nossa opinião, mesmo tendo surgido pela primeira vez em tal lista e classificado como “vulnerável”, devemos dar crédito aos critérios de avaliação protocolar da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) pois foram elaborados de forma científica, isto é, considerar as informações como uma fonte válida e imediatamente, direcionar ações preventivas para evitar danos futuros.

Julgamos necessário a adoção de meios para uma fiscalização mais ostensiva no sentido de coibir a depredação exacerbada não só dessa espécie, mas como de qualquer espécie animal ou vegetal pertencente à biodiversidade pantaneira.

Não devemos olvidar também que, alguns de nossos rios ladeiam e banham terras de outros países e, o esforço de medidas em conjunto é de importância fundamental para a preservação das espécies, isto é, a preocupação deve ser de todos, pois qualquer desequilíbrio da biodiversidade afeta o bem-estar do planeta.

DomGil